domingo, 3 de março de 2024

 

Cabo Verde

Narrativa Europeísta v/s Narrativa Africanista

A Negação dos Fundamentos da Luta de Libertação Nacional

O que se passa na Guiné-Bissau, país com o qual Cabo Verde compartilhou grande parte da história colonial comum e com o qual adquiriu a independência nacional sob a bandeira de um mesmo partido, o PAIGC, fundado e dirigido por Amílcar Cabral até ao seu assassinato em Janeiro de 1973, ou mesmo do que se está a pôr em prática no Senegal com o golpe de estado de Maky Sall, devem ser motivo de reflexão estratégica para nós cabo-verdianos.

A questão é política e ideológica e nada tem a ver com antropologia ou com geologia. Cabral já havia chamado a atenção para o facto de a luta se prolongar para além do hastear da bandeira, pois o imperialismo iria sempre procurar fazer de nós seus sujeitos. Durante o período da guerra fria a existência de duas superpotências concorrentes criou condições para a prática de uma política de não alinhamento, embora condicionada por aspetos específicos caraterísticos do povo cabo-verdiano. Durante o período da hegemonia unipolar dos Estados Unidos da América o imperialismo não tinha necessidade de se inquietar com Cabo Verde. No entanto, a ascensão económica da China e mais recentemente a ascensão económica e militar da Rússia vieram alterar o status quo.

Assim, a contestação dos fundamentos da luta de libertação nacional poderá ser um primeiro passo para a criação de um estado cliente completamente desprovido de políticas próprias e totalmente alinhado e submetido aos interesses do imperialismo internacional.

A política de contenção da China posta em prática pela América, implica que esta potência tudo faça para não deixar espaços vazios que possam ser preenchidos. Mais recentemente assistimos à entrada da Rússia nos espaços abertos nas antigas colónias francesas, nalguns casos retomando antigas relações de cooperação militar como no caso do Mali. O desmoronamento do imperialismo francês na África Ocidental, com a perda da posição dominante que detinha nos três países da Aliança dos Estados do Sahel (AES) leva o Oeste Coletivo a tomar medidas para travar a tendência usando todos os meios disponíveis incluindo golpes de estado como aconteceu na Guiné-Bissau com a imposição da ditadura de Umaru Sissoko e agora com o golpe de estado “constitucional” no Senegal onde Macky Sall, perante a eminência da ascensão ao poder de uma coligação nacionalista e progressista decidiu adiar as eleições sob um pretexto fútil.

Não nos esqueçamos de que nos meios neoconservadores norte americanos, domina o princípio de que a hegemonia não se pode partilhar e por isso inventaram a doutrina do “Full Spectrum Dominance” para se opor à ameaça de multipolarização do espaço geoestratégico mundial, representada pela emergência de duas novas superpotências, a Rússia e a China, sobretudo esta que ameaça a hegemonia económica dos Estados Unidos. Num mundo assim regido não há espaço para não alinhamentos. Ou, talvez não. Talvez seja necessário lutar por um não alinhamento estrito, evitando que os pequenos países insulares sejam transformados em peões na luta de classes internacional que se está a travar.

Para garantir que o Arquipélago de Cabo Verde não tenha nenhuma hipótese de poder constituir um buraco por pequeno que seja na  doutrina do “Full Spectrum Dominance”, é possível que os estrategos ocidentais pensem (Ou talvez planejem, quem sabe) na transformação das ilhas num país independente somente de nome, de facto sujeito à esfera euro-atlântica do poder internacional. No caso de Cabo Verde, devido às especificidades do país as coisas parecem ser mais fáceis para os ocidentais. Com efeito, temos uma comunidade emigrada que segundo alguns estudos poderia ser igual ou superior aos residentes. Essa comunidade emigrada está fundamentalmente nos países ocidentais e em especial nos Estados Unidos da América onde alinham pela narrativa ocidental em termos de democracia, direitos humanos e outros pilares da política ocidental. Os residentes jovens, na sua maioria desejam sair do país em busca de emprego e de rendimentos que lhes permitam regressar à terra com economias para construir residência própria, educar os filhos, etc. Aliás, os cabo-verdianos sempre emigraram por razões económicas o que não quer dizer que se considerem lusitanos ou anglo-saxões ou lingalas ou uolofes. Para além disso, existe em Cabo Verde uma camada social que eu tenho receio de não conseguir classificar com os conceitos atualmente disponíveis. Podemos para efeitos práticos dizer que se trata de uma elite burocrática neocolonial que alia novos elementos formados depois da independência com descendentes da elite burocrática colonial. Essa elite, tendo-se acomodado mal com a situação de independência nacional num contexto de luta contra o poder da potência colonizadora,  parece estar disposta a aliar-se aos interesses do imperialismo internacional, caso veja nesse alinhamento uma possibilidade de realização do seu sonho europeísta.

Para manter o país submisso aos interesses imperialistas ocidentais, torna-se necessário liquidar os fundamentos da luta de libertação nacional. De facto, enquanto a maioria dos cabo-verdianos se afirmar no mundo numa perspetiva de povo africano, o imperialismo não estará seguro de perenizar a sua dominação sobre o Estado de Cabo Verde. Poderá sempre haver uma reviravolta eleitoral. Então, coloca-se uma questão ideológica de fundo para a qual a resposta começa pela criação de uma nova narrativa europeísta, o que implica a destruição da narrativa africanista e, por consequência, dos fundamentos da luta de libertação nacional.

O ataque é conduzido em várias frentes. Desde logo, no domínio linguístico, depois no domínio da origem geológica das ilhas, mais à frente no domínio dos focos da cabo-verdianidade (seríamos, assim, dois povos, o de Sotavento e o de Barlavento, esquecendo que quando S. Vicente foi, finalmente, povoado, a língua comum já existia, que a Boa Vista p.e. já tinha sido centro dos contactos de Cabo Verde com o mundo, que Santo Antão já havia sido uma ilha prisão para escravos em reserva para exportação, etc.).

Face aos sinais anunciadores de coisas mais substanciais e, possivelmente, também, mais graves, importa que os cabo-verdianos não se esqueçam de onde vieram e porque razão somos um país independente e não uma região autónoma na periferia da Europa. As novas sociedades formadas nas ilhas atlânticas a partir do século XV não foram o resultado de uma mistura de diversas etnias como se misturam diversas frutas num “mixer” para obter um batido de frutas. Os marcos cronológicos da memória individual, a memória coletiva, em geral a cultura, na qual a língua representa uma componente fundamental, formam-se a partir das estruturas do passado. Existe uma recriação adaptação e não uma mistura. Os genes combinam-se, não se misturam. Continuam lá com a sua especificidade e identidade e podem manifestar-se ou recombinar-se sempre que as condições forem propiciadoras. A enxertia de identidades europeias sobre identidades africanas das populações submetidas ao regime esclavagista ainda não produziu identidades não africanas em nenhum dos espaços onde sociedades escravocratas foram implantadas e duraram séculos. Esquece-se, igualmente, que Cabo Verde se libertou de um colonialismo europeu responsável por três séculos de escravismo e mais dois de colonialismo, de que resultaram, centenas de milhares de mortos e de emigrantes forçados para as plantações do Sul e que os cabo-verdianos não se esqueceram dessa tragédia. Já tínhamos tido a “ladinização” dos escravos, prática que os antropólogos chamariam de assimilação forçada, depois foi o luso-tropicalismo do brasileiro Gilberto Freyre e agora são as teses da miscigenação prolongada, pretendendo criar aquilo a que José António dos Reis chama de “colonialismo romântico”.

Apesar da suposta e apregoada miscigenação, a História pode ser contada de maneira muito diferente e, por acaso, muito mais coerente. Assim,  Correia e Silva, no seu recente trabalho intitulado Noite Escravocrata Madrugada Camponesa, colocou o escravo, preto, africano, no centro da narrativa da formação da etnia cabo-verdiana. O africano negro é o ator principal, o herói da epopeia da formação da etnia cabo-verdiana. É verdade que também houve os brancos da terra e escassos reinóis. Devemos dizer que pese embora o contributo destes, a etnia não é definida pela cor da pele, mas sim, pela cultura e pelo território, podendo muito bem os descendentes dos brancos da terra serem parte constituinte da etnia cabo-verdiana, africana, como de facto o são. Deve-se, ainda, anotar que esta componente nunca teve, em Cabo Verde, a expressão que atingiu nos países da América do Sul colonizados pelos espanhóis nem no Brasil português. Nessas paragens foram os brancos da terra, os filhos de europeus nascidos nas colónias, os “criollos” que tomaram o poder e proclamaram as independências. Coisa bem diferente aconteceu em Cabo Verde.

Apesar da unidade original, devemos aceitar que, de facto, no Mindelo e na Praia (antiga) criaram-se dois micro cosmos que pretendem, ainda hoje, ser os definidores da etnicidade cabo-verdiana.

S. Vicente foi definitivamente povoado quando o cônsul britânico, que tinha o consulado instalado em Sal Rei, na Boa Vista, se mudou para o Porto Novo em Santo Antão, na sequência da epidemia de febre amarela que atacou a ilha em 1845. John Rendall haveria de obter uma autorização para o estabelecimento de uma base permanente de abastecimento dos vapores em carvão. Os primeiros depósitos eram barcaças fundeadas na baía do Porto Grande. O grosso dos trabalhadores que acompanharam Rendall na aventura eram naturais da Boa Vista e acostumados a conviver com os ingleses nas lides do mar na baía / porto de Sal Rei. Instalado o entreposto carvoeiro, S. Vicente viria a conhecer um surto de desenvolvimento sustentado durante anos pela atividade portuária, essencialmente em torno do ““bunkering””. Durante a guerra dos “boers” na África do Sul, o Porto Grande seria o maior centro de “bunkering” do mundo de então. Para além do porto, instalaram o telégrafo e os cabos submarinos. Não na mesma dimensão, instalaram-se também os italianos com o seu “Italcable”.

Os ingleses deixaram marcas indeléveis na paisagem urbana e na sociedade. Construíram vastas mansões de arquitetura adaptada ao clima e providas com os mais modernos equipamentos de saneamento. Trouxeram famílias inteiras ou constituíram famílias casando com senhoras da sociedade local. Trouxeram o tênis e o golfe e a tradição do Grémio, o gin tónico e o whisky com água gaseificada. Os italianos também trouxeram famílias e se casaram com senhoras locais. Criou-se uma nova elite nada lusitana, com hábitos e maneiras exclusivamente europeias e pouco dada a mestiçagens. Na periferia dessa nova elite orbitavam os inúmeros empregados desde empregadas domésticas aos escriturários e os empregados em atividades marítimas e portuárias do negócio do “bunkering”. Estes viriam a constituir o núcleo da população mindelense habitantes da “morada”. Esse núcleo considerava-se superior aos demais insulares. Para eles ser “british” é que era ser civilizado. Mesmo os portugueses eram tratados com um certo desprezo. Estes eram os “mondrongos” enquanto os vicentinos de morada eram os “norte contré”. Mais abaixo na escala social estavam os que viviam de expedientes vários em torno dos enxames de marinheiros de passagem, incluindo a prostituição. A miscigenação de que tanto se fala é em parte o resultado de trocas sexuais entre marinheiros dos vapores ancorados em processo de abastecimento de carvão e mulheres locais muitas vezes em busca de comida para os filhos e pais de filho. Em muito menor escala, o mesmo fenómeno já se tinha desenvolvido na Boa Vista durante o período em que os barcos descendo a caminho das colónias inglesas da América do Norte, paravam meses na Boa Vista para carregar sal ou durante a pesca da baleia.

Na antiga Praia circunscrita ao pequeno planalto ou achada que hoje designamos por Platô uma pequena elite burocrática e comerciante dedicava-se a manter a maioria da população de pés descalços fora da cidade. Não gostavam do som dos batuques que vinha dos bairros envolventes, a tabanca não podia subir à Praia. Quando o meu pai visitou a Praia nos anos 1930, os pés descalços não podiam subir aos passeios da Praça. Quando visitei a Praia pela primeira vez em 1960 (?), o passeio bem iluminado da praça, do lado da pensão ou do lado oposto ao edifício do tribunal era reservado às jovens filhas dessa elite, enquanto as meninas das aldeias que circundavam a Praia e vinham simplesmente passear ou negociar o corpo só podiam usar o passeio oposto do lado do tribunal. Não me lembro de ver nenhum polícia a impor essa separação, mas acontece que era assim. Tinham, também o seu Rádio Clube onde se encontravam regularmente. A casta dos altos funcionários tendo à cabeça o Governador colonial também deixou descendência, mas sobretudo hábitos, que viriam, tanto os descendentes como os hábitos a misturarem-se no seio da nova classe de burocratas criada pelo novo Estado formado depois da Independência do país.

Essas duas micro cidades viviam de costas voltadas para o interior, essencialmente africano. Tanto na Praça Nova como na Praça Alexandre Albuquerque, os pés descalços não subiam ao passeio. O Batuque, a Tabanca e Funaná estavam proibidos de subi r à Praia, que se resumia ao que é hoje o Platô. Os pretos estavam excluídos do Grémio por maior fosse a fortuna (No caso do Djô Feio ele era o responsável local da União Nacional fascista). A candidatura de Nhô Niclete foi rejeitada e este, por vingança, importou um automóvel igual ao do Governador.

Essa elite colonial nunca se identificou como africana e não foi ela que combateu e derrubou o regime colonial ao contrário do que aconteceu nas Américas. Aqui, Em Cabo Verde, foram os descendentes da classe que havia destruído o regime esclavagista que subiram ao poder. É por isso que uma possível mudança de paradigma político, tenha de combater e apagar os fundamentos da luta de libertação conduzida por essa camada que se definiu no contrário da elite colonial.

O imperialismo já não é o que era e já não é hegemónico a nível mundial, mas ainda não é nenhum tigre de papel. Perante a expansão económica e tecnológica da China, com os seus projetos de autoestradas comerciais circum-navegando o globo, a localização do Arquipélago de Cabo Verde volta a ter valor geoestratégico relevante. Não nos esqueçamos, além disso, que os países da Alta Guiné vêm ganhando nova importância com a aproximação do início da exploração dos recursos petrolíferos e gasíferos identificados na região. Perante a ameaça que a Rússia e a China possam representar para a hegemonia dos Estados Unidos, a aplicação do conceito de “Full Spectrum Dominance”, precisa garantir mais um país submisso na África Ocidental. Para isso, é preciso implantar uma narrativa diferente que liquide os fundamentos da Luta de Libertação Nacional e a sua narrativa africanista e a substitua por uma narrativa europeísta, neo-luso-tropicalista. A nova versão é, nós somos miscigenados, nós somos uma nação crioula, somos cabo-verdianos, não somos africanos.

Vale a pena repetir. Cabo Verde tornou-se um país independente graças ao seu percurso africanista. Todas as tentativas de transformação do estatuto político da antiga colónia que ocorreram antes do aparecimento dos modernos movimentos de libertação africanos, falharam, precisamente, porque se baseavam numa narrativa europeísta, às vezes encoberta numa noção muito vaga de nem uma coisa nem outra. É necessário refutar energicamente todas as teses que pretendem o contrário porque são anti-históricas e chocam com a realidade social e antropológica da etnia cabo-verdiana.

Cabral tinha razão. O imperialismo não gosta de regimes verdadeiramente progressistas e independentes nas ex-colónias e neocolónias. Depois de conseguida a independência política, a luta continua no quadro de uma luta de classes internacional. O mero nacionalismo é suspeito. Sempre que um líder progressista ou apenas nacionalista ou um partido que se proponha seguir uma via independente, está prestes a chegar ao poder por via de eleições mesmo que democráticas seguindo os cânones definidos pelos ocidentais, organizam-se golpes de estado mais ou menos disfarçados.

É preciso dizer que a região onde se localiza a República de Cabo Verde esteve (ou ainda está, parcialmente) até recentemente, na zona de influência do sub-imperialismo francês. Nos últimos anos a França vem se tornando irrelevante em termos de geopolítica global e, em particular, em África, situação que se agravou recentemente com a série de mudanças de regime político protagonizadas por militares nacionalistas, que puseram em causa abertamente os interesses neocoloniais na região. É por isso que os Estados Unidos precisam segurar politicamente o Senegal, a Guiné-Bissau e Cabo Verde, ganhando estes nova importância no quadro da doutrina de “Full Spectrum Dominance”, nos esforços de contenção da ameaça que a China e a Rússia colocam à hegemonia unipolar norte americana.

À medida em que a União Europeia e, particularmente, a França se tornam irrelevantes em termos políticos e económicos mundiais, face às novas superpotências, China, Rússia e em breve a Índia, os Estados Unidos são obrigados a colmatar as brechas. É assim que Cabo Verde é chamado a votar na AGNU em total alinhamento com os Estados Unidos e Israel, tenha tentado um lugar no Conselho dos Direitos Humanos das NU, reconhece a soberania do Reino do Marrocos sobre o território do Saará Ocidental, extradita um diplomata venezuelano apreendido em território nacional a pedido dos Estados Unidos, etc...

Para garantir a permanência temporal dessa orientação é preciso garantir que governos submissos estejam no poder, quer via eleições ou, quando se torna evidente que vão perder as eleições, recorre-se ao golpe sem a menor hesitação. Os casos da Guiné-Bissau e do Senegal são paradigmáticos. Em Cabo Verde o “regime change” começa pela destruição dos fundamentos da luta de libertação. A luta de libertação não teria razão de existir caso os protagonistas tivessem aceite a tese de que somos uma espécie de europeus, apenas com algumas diferenças de caráter folclórico. É preciso matar a narrativa africana da luta de libertação e substitui-la por uma narrativa europeísta.

É assim que se compreende a sanha do ditador da Guiné-Bissau contra o PAIGC, as tentativas de diabolização dos quadros cabo-verdianos que lutaram nas fileiras do PAIGC e de desqualificação do seu contributo, as tentativas de apagar a figura de Amílcar Cabral. Incluem-se nesses esforços as tentativas para provar que os cabo-verdianos, pelo efeito de 5 séculos de miscigenação ficaram mais europeus do que africanos, a teoria de que somos crioulos e que esta designação abarca um povo cuja etnicidade se foge a definir.

A investida contra os fundamentos da luta de libertação invade até a geologia. Pretende-se que as ilhas do Arquipélago do Cabo Verde não pertencem, geologicamente, ao Continente Africano, sem explicarem em que medida a geologia destas ilhas pode afastar o povo que nelas habita da sua etnicidade africana. De todo o modo, é bom que se diga que, também geologicamente, estas ilhas são africanas. A etnia existe sobre um território ao qual se liga indissoluvelmente. A etnia cabo-verdiana está indissoluvelmente ligada ao território africano das Ilhas do Cabo Verde.

Neste momento, interessa que os cabo-verdianos tomem consciência que o seu país, a República de Cabo Verde, está a caminho de se tornar num mero e insignificante peão no xadrez de interesses internacionais que não lhe dizem respeito e que tal situação não lhes fará ficar mais perto da felicidade que almejam.

Fundo das Figueiras, 26 de Fevereiro de 2024


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